terça-feira, 8 de abril de 2014

Noite louca.

E lá estávamos nós, parecendo dois completos estranhos apenas jogando baralho. Dez á oito pra ele, truco era o jogo. Nessa rodada, o coringa era o valete. Eu tinha o zap, um quatro e um mísero ás, óbvio que eu iria ganhar o jogo, logo, pedi truco. Para minha surpresa, ele aceitou, e pediu para aumentar a aposta: quem ganhasse aquela, iria escolher a próxima "diversão" da noite. Eu, com a certeza de que iria ganhar, aceitei. Primeira rodada: meu ás perdeu do três dele. Segunda rodada: meu zap ganhou do quatro dele. Terceira rodada: ele pediu seis... Puxa, ali tem. Mas já é tarde demais, já está trucado,  manda descer. Por fim, ele venceu o meu quatro com um cinco. Não acredito nisso! Ele venceu de dezesseis á oito. Que raiva! 
Eu, com aquela cara de "que saco", perguntei: eae, qual a próxima diversão? E ele me responde: assistir esse filme; e me entrega um filme diferente, um filme que eu nunca vira antes. "Tudo bem", disse eu. Comecei a colocar o filme enquanto ele pegava biscoito, nutella e refrigerante para gente. Começa o filme. Lá se vão trinta e sete minutos de filme com ambos em absoluto silêncio. O que eu faço? To começando a achar que ele não vai tocar no assunto "nós". Mas e se eu falasse? Acho que não. Mas eu também....
Ele me beija. Um beijo delicioso e longo, cerca de uns cinco minutos só beijando. Paramos. Nós olhamos e rimos. Ele pausou o filme. Eu dei play. Ele me olhou com aquela cara de safado que ele tem. Eu sorri. Não pude me conter, agarrei-o e comecei a beija-lo. Ó céus, como aquele garoto beija bem. Logo ele estava com as mãos na minha cintura, puxando-me cada vez mais pra perto dele. Deus, já estava em cima dele. Parei. " O que estamos fazendo?", perguntei com uma voz ofegante; "o que esperamos muito tempo para fazer", ele respondeu sussurrando em meu ouvido. Tudo o que eu queria era esquecer o mundo e ficar ali com ele. Enfim, começamos. A boca dele estava com gosto de nutella, que delicia. O corpo dele estava sobre o meu, e a cada movimento dele, minhas pernas tremiam demais. Minhas unhas estavam marcando suas costas. Ele falava coisas tão loucas. Eu mordia minha boca. E nos beijávamos sem parar, era tudo de arrepiar. Logo acabamos com aquele momento. Ficamos rindo um para o outro, depois, ficamos em silêncio. 
E lá estávamos nós, dois loucos, parecendo completos estranhos apaixonados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário